quarta-feira, 30 de setembro de 2009

primavera não mais

bom dia, primavera!
abro a janela do quarto que durmo e nao enxergo as flores nem as cores que me prometeste
se estão em outros lugares que senão onde vejo, ridicularizo suas promessas de existir depois do inverno.
ó, primavera!
o inverno já foi tão triste e tão frio que cortou ao mesmo tempo muitos dos meus pensamentos e alguns centimetros da minha carne (sem falar no coração arregaçado e nas dúvidas repletas de metonímias).
e agora, a promessa de flores nas cores ou vice-versa nao encontra meus olhos. ou meus olhos estarão olhando em outras direções ou tudo está realmente caminhando para o caos.

na primavera de flores não há pétalas inteiras
na primavera de tempos amenos não há leveza ou brandura nas ações
na primavera de propostas novas não há novidade das respostas
na primavera de outros novos tempos não há tempo para a espera

então é primavera?

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